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A saudade e a espiritualidade em “Muxima” de Waldemar Bastos

Em “Muxima”, Waldemar Bastos transforma a palavra do título, que significa “coração” em quimbundo, em um símbolo poderoso de afeto, saudade e ligação espiritual com a terra natal. A repetição de “muxima” ao longo da música reforça a ideia do coração como fonte de sentimentos profundos, evocando tanto o amor quanto a dor da distância e da memória. A interpretação serena e reflexiva de Bastos intensifica a busca por consolo e pertencimento, temas centrais em sua trajetória e especialmente presentes nesta canção.

A letra mistura versos em quimbundo e português, utilizando imagens que remetem à espiritualidade e à fusão cultural angolana. Um exemplo marcante é o trecho: “Se dizes que eu sou feiticeiro / Leva-me, então, à Nossa Senhora”. Aqui, Bastos faz referência à convivência entre crenças africanas e o catolicismo, mostrando a dualidade religiosa do país. O pedido para ser levado à Nossa Senhora pode ser entendido como um apelo por aceitação ou redenção, revelando a vulnerabilidade de quem se sente julgado ou deslocado. A repetição de frases e a musicalidade circular criam um efeito de mantra, sugerindo uma oração ou súplica, o que reforça o caráter espiritual e emotivo da música. “Muxima” expressa saudade, devoção e esperança, marcando a dor e a beleza da conexão com as raízes.

Composição: Carlos Aniceto Vieira Dias. Essa informação está errada? Nos avise.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.


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