Ritmo do Além (Noiva Cadáver) (part. blk)

Humor sombrio e vingança em “Ritmo do Além (Noiva Cadáver) (part. blk)”

“Ritmo do Além (Noiva Cadáver) (part. blk)”, de Wendlly, usa humor ácido e ironia para abordar temas como romance, traição e morte, inspirando-se diretamente no clima sombrio do filme “A Noiva Cadáver”, de Tim Burton. A letra transforma uma história de amor frustrado e vingança em uma narrativa divertida sobre o inevitável fim, seja ele literal ou simbólico. Trechos como “Vai, vai chegar sua vez / A morte virá não importa o freguês” mostram que a morte, além de ser um destino físico, representa também o término de relacionamentos e ilusões, reforçando que ninguém escapa das consequências de suas escolhas, nem mesmo o “belo rapaz” que traiu a protagonista.

A canção narra a trajetória de uma jovem ingênua que se apaixona, é enganada e acaba “morrendo” – seja de desgosto ou decepção. O refrão destaca que todos, cedo ou tarde, enfrentam seu “funeral”, real ou metafórico. O tom leve e as piadas, como “Ah, e se eu contar só uma do amor que virou diss” e “Ah, até que não terminou mal (imagino) / Só que ele se casou com a outra (Ah)”, tiram o peso do drama e transformam a tragédia em motivo de riso, como se a protagonista zombasse do próprio destino. No final, a música sugere uma justiça poética: “Ah, e sobre o cara que me matou / Ele se fudeu”, mostrando que o ciclo de traição e sofrimento atinge a todos. Assim, Wendlly entrega uma crítica leve e irônica à ingenuidade e aos relacionamentos mal resolvidos, tornando temas pesados mais fáceis de digerir.