Popular

Ironia e crítica social em "Popular" de Wicked Brasil

A música "Popular", do musical Wicked Brasil, utiliza a ironia para abordar a busca por aceitação social. Logo no início, Galinda se apresenta como a "salvação" de Elphaba, tratando a popularidade como uma espécie de missão de caridade. O humor surge quando Galinda, com seu jeito confiante e exagerado, transforma a amiga em um projeto pessoal, sugerindo que ser "popular" é algo que pode ser ensinado, quase como uma fórmula. O trecho “Eu sei o que é popular / Não pode desperdiçar, tem que aproveitar / A bênção que a vida te deu: Eu” destaca o narcisismo da personagem e faz uma crítica à superficialidade dos padrões de aceitação social.

O contexto do musical "Wicked" e suas adaptações brasileiras, incluindo versões em pagode que viralizaram, mostram como a música dialoga com diferentes públicos ao tratar de temas universais, como a pressão para se encaixar. A letra ironiza a ideia de que aparência, gírias e até o batom certo são mais valorizados do que inteligência ou autenticidade, como no trecho “Será que o segredo da vitória de quem entra pra História / É ser inteligente? Claro que não / É ser popular, dã”. Essa crítica bem-humorada à cultura da popularidade é reforçada pelo tom leve da canção, tornando a mensagem clara e fácil de identificar, especialmente em ambientes como escolas ou redes sociais, onde a busca por aprovação é constante.