it's my fault

Reflexões sobre culpa e autoconhecimento em “<maybe> it's my fault”

Em “<maybe> it's my fault”, WILLOW explora a dificuldade de assumir responsabilidades em um relacionamento que não deu certo. A música alterna entre acusação e autocrítica, evidenciando a confusão emocional de quem tenta entender de quem é a culpa pelo fim. Isso fica claro quando ela repete “it's your fault / Maybe it's my fault” (“é sua culpa / talvez seja minha culpa”), mostrando como a dor e a dúvida se misturam em situações de conflito afetivo. Segundo a própria artista, a canção fala sobre “responsabilizar-se igualmente pela dor emocional que sentimos”, o que se reflete na letra ao revisitar acontecimentos e questionar suas próprias atitudes: “I try to rewind and all of the while / I'm hurtin' inside” (“Tento voltar no tempo e, o tempo todo, estou sofrendo por dentro”).

A narrativa começa com um encontro casual em uma festa, marcado pela sensação de “butterflies” (borboletas no estômago), e evolui até um fim doloroso, simbolizado por “layin' down, six feet under, it's sublime” (“deitada, dois metros abaixo da terra, é sublime”). Essa metáfora sugere o término como uma morte emocional, mas também traz um alívio ambíguo. O verso “Said: I could handle this / That was your one request” (“Disse: eu conseguiria lidar com isso / Esse foi seu único pedido”) destaca o peso das expectativas e promessas não cumpridas, enquanto a autocrítica aparece em “I don't know if I'm worth forgiving” (“Não sei se mereço perdão”). A música, junto com o videoclipe, constrói um retrato honesto da vulnerabilidade e do conflito interno, refletindo a turbulência emocional do autoconhecimento e da aceitação das próprias falhas.