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Mulato Serafim

Wilson Paim

Letra

    Parido lá nos galpões
    Entre pelegos e arreios
    Umbigo cortado a faca
    Atado sem muito asseio
    Serafim, a Deus-dará
    Veio ao mundo porque veio

    Sem eira, beira, sem nada
    Deserdado dos brinquedos
    Pitando do ressequido
    Empessou o batente cedo
    Não teve tempo pras letras
    Foram escassos seus folguedos

    Vassalo do sol a sol
    Serafim, filho bastardo
    Sua infância se fez homem
    Brincando ao braço do arado
    Aos gritos de pega-pega
    Boi guri, boi desgarrado

    Mistura de duas raças
    Sovou tentos, foi guasqueiro
    Muitas vezes peão por dia
    Outras vezes peão caseiro
    Transportou cargas de sonhos
    Nas lidas de carreteiro

    Esporeado pelo tempo
    Implacável cavaleiro
    Sofreu baguais sofrenaços
    E no fim de seus janeiros
    Vive negaceando changas
    Sina de tantos campeiros

    Vassalo do sol a sol
    Serafim, filho bastardo
    Sua infância se fez homem
    Brincando ao braço do arado
    Aos gritos de pega-pega
    Boi guri, boi desgarrado

    Composição: Paulo Silveira / Rubens Fialho / Wilson Paim. Essa informação está errada? Nos avise.

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