Sá Marina

A celebração da alegria e saudade em “Sá Marina”

Em “Sá Marina”, Wilson Simonal presta uma homenagem sensível a uma figura feminina inspirada na professora Brasilina, transformando-a em símbolo de alegria e beleza que contagia toda a comunidade. O uso do termo “Sá”, uma forma carinhosa e respeitosa de “sinhá”, reforça a ligação com tradições do Nordeste brasileiro e destaca o respeito por mulheres que marcam a vida das pessoas.

A letra descreve Sá Marina descendo a ladeira, exalando o perfume de flor de laranjeira e vestindo uma saia branca, elementos que remetem à pureza, leveza e ao clima de festa popular. O verso “Gira ao Sol, que parou pra olhar” mostra como sua presença é tão marcante que até o Sol se detém para admirá-la, criando uma atmosfera de encantamento. A canção alterna entre alegria e saudade: enquanto Sá Marina dança e faz “o povo inteiro cantar”, sua partida deixa versos e cantigas, provocando emoção coletiva e fazendo “o povo inteiro chorar”. Essa alternância entre celebração e saudade é central na música, mostrando como pessoas especiais deixam marcas profundas tanto pela felicidade que trazem quanto pela falta que fazem.

O arranjo leve e a repetição dos “Lá Lá Lá” reforçam o clima festivo e nostálgico, tornando “Sá Marina” uma homenagem atemporal a figuras que, mesmo discretas, transformam o ambiente ao redor com sua presença e carisma. A canção celebra a memória afetiva e a poesia do cotidiano, mostrando como cenas simples podem ganhar grandeza quando vistas com admiração e afeto.