Prometimos

A Complexidade das Promessas Não Feitas em 'Prometimos' de Wiplash

A música 'Prometimos' da banda Wiplash explora a complexidade das relações humanas, especialmente aquelas que são marcadas por incertezas e expectativas não correspondidas. A letra começa com uma reflexão sobre o desejo de permanecer em um momento de amor, mesmo sabendo que é perigoso e talvez insustentável. A expressão 'Demasiadas ganas de quedarme hasta mañana' sugere um forte desejo de prolongar um momento de felicidade, mas a consciência de que isso pode não ser possível ou saudável.

A canção também aborda a questão do tempo e da espera. O eu lírico menciona que há 'Demasiado tiempo para anclarse en un momento', indicando que ficar preso a um único momento pode ser prejudicial. A ideia de esperar e jogar com o medo ('Voy a esperar y esperar, voy a jugar a que todo el miedo, ese miedo se me va') revela uma tentativa de superar as inseguranças e incertezas que acompanham as relações. No entanto, há uma aceitação de que o que se tem para oferecer pode nunca ser suficiente ('No esperes más de mí, lo que tengo para ti nunca alcanza').

A música também reflete sobre a importância de aprender a ser autossuficiente e a não depender das expectativas dos outros. O eu lírico afirma que não espera mais do outro e que aprendeu a se bastar ('Yo no espero más de ti, qué bueno que lo aprendí, conmigo basta'). A repetição de 'Nunca basta' e 'Despiertes con quien despiertes, que el recuerdo siga siempre' sugere que, independentemente de com quem se esteja, as memórias e as experiências compartilhadas são o que realmente importam. A frase final 'Y lo que no prometimos' encapsula a ideia central da música: a beleza e a dor das promessas não feitas e das expectativas não correspondidas, que acabam moldando nossas experiências e memórias de forma profunda e duradoura.