Medo de Quem?

Contrastes entre ostentação e essência em “Medo de Quem?”

Em “Medo de Quem?”, WIU apresenta um retrato direto do universo do luxo, ostentação e prazeres momentâneos, mas vai além ao expor o conflito interno entre viver intensamente e buscar autenticidade. A letra traz cenas explícitas de hedonismo, como “enquanto eu tô bolando esse beck” e “ela seca meu pote, e acaba minha ganja”, mostrando um cotidiano marcado por excessos. No entanto, WIU também reflete sobre o vazio emocional que acompanha esse estilo de vida, como em “essas notas de cem me fazem não amar ninguém”, deixando claro que o dinheiro não supre necessidades afetivas.

O artista reforça essa dualidade ao mencionar o desejo de manter a essência mesmo diante do sucesso: “hoje a meta é viver do melhor sem perder a essência”. As referências ao “drip” (estilo, ostentação) e “baguetes servidos no almoço” (joias cravejadas de diamantes) ilustram o ambiente de riqueza, mas não escondem a busca por algo mais profundo. O verso “eu dominei isso aqui, vou ter medo de quem?” revela autoconfiança e uma postura desafiadora, mas também sugere que, após conquistar tudo materialmente, WIU procura paz e sentido, como em “achei a paz, guardei os pente, ouro no dente, Deus tá na frente”. Assim, a música explora o equilíbrio entre prazer, poder e a tentativa de não perder a própria identidade.