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Meu Canto Selvagem

Xirú Missioneiro

LetraSignificado

    Sou taura dessa querência genuína criado pelos garpão
    De à cavalo nos tição, índio bagual melenudo
    Um destes xirú beiçudo, que só se banha sozinho
    E pra dá louvado aos padrinhos tem que vim aos empurrão

    Me criei arrebentando cuião de bagual, aporreado metido a macho
    Porque eu também sou loco criado guacho, desmamei sem tabuleta
    Fiz do dedão a chupeta e tem por enfeite o ventena
    Carrapicho nas melena e até bizorro nas venta
    Sou conhecido pelo toque da minha cordeona
    E esta cantiga redomona que truxe à cabresto lá da biboca
    Meu canto é xucro, mas logo se dá a entendê
    E só pela estampa se vê que tem que sê da bossoroca
    E é por isso que minha canção, trás uma linguagem campeira
    Tem o cheiro de garpão e a esterco de mangueira

    Com este xucrismo que trago eu canto meu pago com amor e carinho
    Resgatando no canto que faço as raiz em pedaço que achei no caminho
    Meu canto que vem num reponte é parido do campo cheirando capim
    Qual relincho de potro e um touro que berra
    Escarvando terra nos monchão de cupim

    Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
    Mas tenho o jeito da minha querência moda véia bem xucra e bagual
    E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
    É o xucro rio grande macho que bufa e berra na ponta dos dedo

    Vai berrando, gaita véia que o rio grande tá te iscuitando

    Meu canto nasceu no borraio no calor da cinza do cerne de angico
    Trás a marca riscado na tarca dum xirú monarca do rio grande antigo
    Temperado ao vapor da fumaça do chio da chaleira e no canto dos galo
    Meu canto bufa fazendo rumor, rufo de tambor, nas patas do meu cavalo

    Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
    Mas tenho o jeito da minha querência moda véia bem xucra e bagual
    E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
    É o xucro rio grande macho que bufa e berra na ponta dos dedo

    Fui criado a campo fora retinindo as espora pelas madrugada
    Nas ronda de tropa fui acrimatado c'os garrão rachado curtido da geada
    Nasci quero morrer na estancia tomando e proseando com o bicharedo
    Meu canto é selvagem não froxa o garrão pos tem a formação
    Desta pátria de são Pedro

    Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
    Mas tenho o jeito da minha querência moda véia bem xucra e bagual
    E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
    É o xucro rio grande macho que bufa e berra na ponta dos dedo

    Composição: Xiru Missioneiro. Essa informação está errada? Nos avise.

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