HACE CALOR (part. Maria Becerra y El Alfa)

Duplos sentidos e celebração cultural em “HACE CALOR (part. Maria Becerra y El Alfa)”

Em “HACE CALOR (part. Maria Becerra y El Alfa)”, XROSS explora duplos sentidos e referências culturais para criar uma atmosfera ousada e divertida. Logo no início, a menção à "mamajuana" — bebida típica da República Dominicana — e à "vaina blanca que brilla como un diamante" (coisa branca que brilha como um diamante) sugere tanto algo valioso quanto uma possível alusão a substâncias ilícitas. O verso “¿Y qué era eso? Lo que se compra casa', cadena' y respeto” (E o que era isso? O que compra casas, correntes e respeito) reforça essa ambiguidade, associando o objeto a riqueza e status, mas sem nomeá-lo diretamente, mantendo o tom provocativo e brincalhão da música.

A canção também destaca a mistura de culturas, como no trecho “Un Fernet con mamajuana, Argentinos, dominicanas” (Um Fernet com mamajuana, argentinos, dominicanas), mostrando a união entre Argentina e República Dominicana. O calor, repetido no refrão, funciona como metáfora para a intensidade da festa, do desejo e da energia coletiva. Referências a artistas como Tokischa e descrições de mulheres confiantes, como em “Las foto' sin flash porque los culo' están que brillan” (As fotos sem flash porque os bumbuns estão brilhando), reforçam a celebração da sensualidade e autenticidade. O refrão, com “Hace calor” (Está calor) e “brr, brr, brr”, transmite a energia contagiante da festa, enquanto frases como “Por la culpa de un culo, me llevaron preso” (Por causa de um bumbum, fui preso) misturam humor e ousadia. No fim, a música é um convite para curtir o momento, celebrar as diferenças e aproveitar a vida ao som de uma batida envolvente.