HASTA QUE ME ENAMORO (part. TINI y Maria Becerra)

Ciclo emocional e busca de libertação em “HASTA QUE ME ENAMORO”

“HASTA QUE ME ENAMORO (part. TINI y Maria Becerra)”, de XROSS, aborda o amor como um ciclo de autossabotagem e sofrimento, em vez de redenção. O refrão destaca a ideia de que tudo está bem “hasta que me enamoro” (até que me apaixono), mostrando que se apaixonar desencadeia solidão, culpa e recaídas emocionais. Isso fica claro em versos como “mi corazón se queda solo” (meu coração fica sozinho) e “yo tengo la culpa de todo” (eu tenho culpa de tudo), que reforçam a autocrítica e o isolamento.

A música encerra a trilogia da personagem Shanina, alter ego de María Becerra, cuja trajetória é marcada pela luta contra a vulnerabilidade e o autoengano no amor. O videoclipe, ambientado em um hospital psiquiátrico, simboliza a repressão dos sentimentos e o impacto da saúde mental, evidenciado em versos como “la depresión no avisa, me olvidé de mi risa, mi salud mental agoniza” (a depressão não avisa, esqueci do meu sorriso, minha saúde mental agoniza). Imagens como “en la cornisa, se me fue la sonrisa” (na beira do abismo, perdi o sorriso) sugerem instabilidade emocional. A dependência afetiva aparece em “yo sin ti es como que estoy viviendo, pero no es vida” (eu sem você é como se estivesse vivendo, mas não é vida), enquanto a repetição de erros é mostrada em “voy a equivocarme, vos vas a soltarme, pero vuelvo y me enamoro” (vou errar, você vai me deixar, mas volto e me apaixono). A participação de Tini representa a força para romper esse ciclo, sugerindo a busca por autonomia emocional e autoconhecimento.