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    Hipocrisia social e autocrítica em "Loucos" de Yannick Afroman

    Em "Loucos", Yannick Afroman faz uma crítica direta à hipocrisia e à corrupção presentes na sociedade angolana. O artista destaca como muitos condenam práticas corruptas, mas acabam reproduzindo os mesmos comportamentos quando têm oportunidade. Isso fica claro em versos como: “Do jeito que falam, não é do jeito que agem” e “Da corrupção, todos os dias reclamamos, mas quando somos promovidos, posto lá também roubamos”. Yannick evidencia que a indignação é seletiva e, muitas vezes, serve apenas para encobrir atitudes igualmente condenáveis.

    A música utiliza exemplos do cotidiano, como o uso de subornos para evitar filas, a busca por vantagens pessoais e a ostentação nas redes sociais, para mostrar como esses comportamentos se tornaram comuns. O verso “Prometemos bué, criticamos bué, fazer o que é bom, nada” reforça a ideia de que há muita fala e pouca ação efetiva. O tom irônico e de desabafo revela que todos, de alguma forma, contribuem para o problema, seja ao compartilhar notícias falsas ou ao valorizar superficialidades. Ao repetir o refrão, Yannick sugere que a verdadeira loucura está em aceitar esses desvios como parte da rotina, o que dificulta qualquer mudança real na sociedade.


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