Sofro Onde Eu Quiser

Empoderamento feminino e liberdade em “Sofro Onde Eu Quiser”

Em “Sofro Onde Eu Quiser”, Yasmin Santos confronta o preconceito de gênero ao questionar a ideia de que "boteco não é pra mulher". A artista usa a música para afirmar o direito das mulheres de expressarem suas emoções onde quiserem, especialmente após o fim de um relacionamento. O verso “O sofrimento é meu, eu sofro onde eu quiser” resume esse posicionamento, mostrando que a mulher tem autonomia para lidar com a própria dor, inclusive em espaços tradicionalmente masculinos, como o bar.

A canção se destaca como um símbolo de liberdade feminina, desafiando padrões sociais e estereótipos. Quando Yasmin canta “Vem falar que é feio / Feio é perder uma mulher gostosa desse jeito”, ela devolve a crítica, deixando claro que o problema não está na mulher que frequenta o bar, mas em quem não soube valorizá-la. A repetição da ideia de beber “uma dose atrás da outra” reforça o tom de resistência e força diante do sofrimento. O estilo "sofrência", popularizado por Marília Mendonça, aparece aqui com uma abordagem mais assertiva, consolidando Yasmin Santos como uma voz de empoderamento no sertanejo.