YO QUIERO UN MALO (part. OVI y Uzielito Mix)

Controle “YO QUIERO UN MALO (part. OVI y Uzielito Mix)”

A faixa encena a tensão entre entrega e comando: Yeri pede um “malo” (cara mau), mas se afirma como “la madrina” (a madrinha), a que escolhe, provoca e manda. No cenário de festa e rua, surgem “mis chamacos en la esquina” (meus moleques na esquina), o tag “Uzielito Mix-Mix, mátalos” (Uzielito Mix-Mix, mata eles) e os gritos “¡Mua!” (beijo) e “¡prr!” (onomatopeia). Ela dita o tom atrevido com “bien bicha, bien gata” (bem braba, bem gata) e “me gusta gastar la plata” (eu gosto de gastar grana). Ovi entra como o “malo” que ela convoca, num jogo de chamada e resposta: “Ella quiere un malo / Yo quiero un malo” (Ela quer um cara mau / Eu quero um cara mau), carimbando a parceria Cuba–México. O resultado mistura reggaeton e trap, estética que Uzielito Mix ajudou a moldar e que Yeri Mua celebrou em entrevistas por traduzir seu som.

As imagens giram em três eixos: força/controle, prazer e dinheiro. “Bate / como cajón que no cierra” (bate / como gaveta que não fecha) sugere impacto físico; “me jale por el pelo” (que me puxe pelo cabelo) pede presença dominante, mas dentro do roteiro que ela define. “Eso se moja y eso me late” (isso molha e isso me excita) explicita o desejo, enquanto “Franklin Benjamin” (Benjamin Franklin; nota de 100 dólares) e “me gusta gastar la plata” (eu gosto de gastar grana) marcam ostentação. O duplo sentido de “malo” permanece: o “bad boy” desejado e o cara que desarma papéis de gênero, proposta central da faixa. Gírias, repetições e ad-libs sustentam a confiança, e quando Ovi solta “esta movie que no tiene fin” (este filme que não tem fim), a sedução vira narrativa contínua de festa e perigo controlado, terreno onde Yeri Mua se diverte no limite e no comando.