YORK

Reflexões sobre fama e solidão em "YORK (part. Evlay)"

Em "YORK (part. Evlay)", YSY A explora o contraste entre a vida agitada das festas e a busca por momentos de conexão genuína. A repetição do verso “no sé cuándo fue que el after se pasó, terminamo' acá charlando con el Sol” (“não sei quando a festa acabou, terminamos aqui conversando com o Sol”) mostra como o tempo parece escapar em meio aos excessos, levando a situações inesperadas de intimidade. Esse cenário reflete a rotina de festas e a sensação de perder o controle sobre a própria vida.

A crítica à fama aparece de forma direta em “fama no quiere, no, ya la tiene / la fama sin dinero, no conviene” (“não quer fama, não, já tem / fama sem dinheiro não vale a pena”), revelando o olhar de YSY A sobre o vazio da notoriedade sem realização pessoal ou afetiva. O álbum "SATURACIÓN POP" reforça essa análise, trazendo uma visão crítica sobre a superficialidade da indústria musical. Trechos como “mares de químicos” e “amores etílicos” apontam para o uso de substâncias e relações passageiras como tentativas de preencher o vazio causado pela pressão e pela necessidade de manter uma imagem pública. No fim, a música destaca a dificuldade de desacelerar, de se entregar a sentimentos verdadeiros e de encontrar sentido em meio ao caos da fama e da vida moderna.