THE BOX MEDLEY (part. Bruxo 021, Martelin e QTZ Tivityn)

A Realidade das Ruas em 'THE BOX MEDLEY'

A música 'THE BOX MEDLEY' de Yung Nobre, com participação de Bruxo 021, Martelin e QTZ Tivityn, é uma representação crua e autêntica da vida nas periferias urbanas. A letra aborda temas como a ostentação, a vida no crime e a busca por reconhecimento e sucesso. Desde o início, a música estabelece um tom de celebração e resistência, com os artistas destacando suas conquistas e a realidade que enfrentam diariamente.

Bruxo 021 inicia a música com uma introdução que prepara o terreno para os versos seguintes, onde Martelin e Tivityn falam sobre a vida de ostentação e os desafios enfrentados. Eles mencionam a importância de pagar o cachê para que as coisas aconteçam, destacando a profissionalização do trabalho artístico. A referência a fumar haxixe preto enquanto ouvem o grave bater sugere um momento de relaxamento e inspiração, contrastando com a dureza da vida nas ruas.

Yung Nobre, em seu verso, traz uma visão mais direta e impactante da realidade. Ele fala sobre a vida no crime, a fuga da polícia e a ostentação de marcas de luxo, como Nike e Lacoste. A menção a 'cordão de prata no meu Swoosh' e 'Royal Salute e marachuá' reforça a ideia de status e poder. No entanto, ele também faz uma reflexão sobre a perda de amigos e a necessidade de manter a fé e a resiliência. A repetição da frase 'artista não é bandido, nós só canta o que vê' é uma defesa contra a criminalização dos artistas de periferia, que muitas vezes são julgados por retratar a realidade em suas músicas.

A música termina com Tivityn trazendo uma visão mais agressiva e direta, mencionando armas e fugas da polícia, mas também destacando a inteligência e a estratégia necessárias para sobreviver nesse ambiente. A repetição do refrão reforça a mensagem central da música: os artistas estão apenas retratando o que veem e vivem, sem glorificar ou incentivar a criminalidade. 'THE BOX MEDLEY' é, portanto, uma poderosa declaração sobre a vida nas periferias, a luta por reconhecimento e a resistência contra a criminalização da arte e da cultura de rua.