Solo (part. Tayc)

Solidão e autolibertação em "Solo (part. Tayc)" de Zaho

Em "Solo (part. Tayc)", Zaho aborda a solidão após o fim de um relacionamento, mostrando como ela pode ser tanto dolorosa quanto libertadora. A repetição de “je finirai solo-lo-lo-lo” (“vou acabar sozinho-a-a-a”) no refrão funciona como um mantra, expressando a aceitação da solidão e, ao mesmo tempo, um certo alívio diante do desgaste emocional vivido. O cenário do videoclipe, um hangar abandonado, reforça visualmente o sentimento de vazio e turbulência emocional que acompanha o término.

A letra é direta ao expor a dor da separação, como em “Il faut que t'arrêtes d'apparaitre dans mon sommeil / Depuis que tu n'es plus là, rien n'est plus pareil” (“Você precisa parar de aparecer nos meus sonhos / Desde que você se foi, nada mais é igual”), mostrando como a ausência do outro ainda afeta o cotidiano. O pedido por honestidade – “J'veux qu'tu sois honnête avec moi” (“Quero que você seja honesto comigo”) – revela a necessidade de clareza para que ambos possam seguir em frente. Já “Je ne peux plus porter seul ce poids” (“Não posso mais carregar esse peso sozinho”) evidencia o cansaço de suportar sozinho o fardo da relação. O verso “on était deux à se souhaiter la mort / À se traiter de tous les noms” (“éramos dois desejando a morte um do outro / xingando um ao outro de todos os nomes”) mostra o quanto a relação se tornou insustentável. Assim, a música retrata a solidão não apenas como consequência, mas como uma escolha consciente para preservar o próprio bem-estar.