Ain't My Fault

Desejo e autoconfiança em “Ain't My Fault” de Zara Larsson

Em “Ain't My Fault”, Zara Larsson aborda o desejo e a atração de forma ousada, invertendo a responsabilidade pelo interesse romântico. A cantora utiliza versos como “It ain't my fault you keep turning me on” (Não é minha culpa você continuar me provocando) e “I can't be responsible if I get you in trouble now” (Não posso ser responsável se eu te causar problemas agora) para mostrar que a química entre os dois é inevitável, mas ela se recusa a assumir a culpa por isso. O tom é leve e provocativo, reforçando a ideia de que ambos estão envolvidos no jogo da sedução sem arrependimentos.

Um ponto importante é que Zara Larsson fez questão de revisar a letra original para evitar qualquer insinuação de rivalidade feminina ou orgulho em “roubar” alguém, afastando-se de narrativas negativas. O refrão repetitivo, “it ain't my fault”, funciona como uma espécie de mantra de autodefesa e também como provocação divertida. Expressões como “put your hands where my eyes can't see” (coloque suas mãos onde meus olhos não possam ver) trazem um duplo sentido sensual, mas sem apelar para o vulgar. No geral, a música celebra a liberdade de sentir desejo e se divertir, transmitindo uma mensagem de autoconfiança e empoderamento, alinhada à postura que Zara Larsson quis passar ao revisar a canção.