Nômade (parte 7) (part. Patricio Sid e Jean Tassy)

Liberdade e desapego em "Nômade (parte 7) (part. Patricio Sid e Jean Tassy)"

Em "Nômade (parte 7) (part. Patricio Sid e Jean Tassy)", Zarastruta explora o conceito de movimento constante, tanto físico quanto emocional. A frase “NÔMADE 7, os cara já tão em Bangladesh mano” destaca o espírito itinerante do projeto, que reúne artistas de diferentes regiões e estilos, refletindo a diversidade e fluidez da cena urbana brasileira. Esse deslocamento aparece também em versos como “Tô mudando de casa até hoje / Faço só pelos meus!”, sugerindo uma vida sem raízes fixas, onde o mais importante são as conexões e experiências do presente.

A letra aborda temas como relacionamentos, desejo e desapego, sempre com um tom direto e descontraído. Trechos como “Ela é doida pra saber o que se passa na mente do malandro / Tu nunca me esqueceu / Gata esse problema não é meu” mostram uma postura de independência e distanciamento emocional, típica da malandragem urbana. Ao mesmo tempo, há espaço para vulnerabilidade, como em “Dói, dói, dói, dói / Um amor faz sorrir / Dois amor faz chorar”, reconhecendo as dores e alegrias das relações. A referência a Baco Exu do Blues reforça a universalidade desses sentimentos no rap nacional.

A música também valoriza a autenticidade e a espontaneidade, rejeitando o que é forçado: “É que eu não gosto de nada quando é forçado / É que eu só funciono quando eu tô a um passo”. Assim, "Nômade (parte 7)" celebra a liberdade, a mistura de influências e a busca por experiências verdadeiras, mesmo que isso envolva incertezas e dores passageiras.