
Herança D'Nha Raça
Zé Delgado
Reflexão sobre cultura e imigração em “Herança D'Nha Raça”
Em “Herança D'Nha Raça”, Zé Delgado faz uma autocrítica ao reconhecer que comportamentos como egoísmo e machismo não são apenas falhas pessoais, mas parte de uma herança cultural transmitida de geração em geração. Ao pedir perdão à pessoa amada — “Perdua-m, kretxeu, perdua-m / Es nha iguísmu i maxismu é eransa di nha rasa” —, ele mostra consciência desse legado e expressa o desejo de romper com esses padrões. A repetição do pedido de desculpas reforça o peso dessa herança e a responsabilidade de quem a carrega, ao mesmo tempo em que revela vulnerabilidade e vontade de mudança.
A música também aborda a imigração, tema central na vida cabo-verdiana, ao descrever o fenômeno como uma “epidemia” que destrói amores e separa famílias. O verso “Tónte amor destruíde p'es ipidemia d'imigrason” conecta a dor pessoal do narrador à experiência coletiva do povo das ilhas, mostrando como a busca por melhores condições de vida pode trazer sofrimento emocional. O mar, citado como mensageiro dos lamentos, simboliza tanto a distância quanto a esperança de que os sentimentos do narrador cheguem até a pessoa amada. Assim, “Herança D'Nha Raça” constrói um retrato sensível da luta por felicidade em meio à saudade, à autocrítica e às marcas profundas deixadas pela imigração e pela herança cultural.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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