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exibições de letras 21

Vide, Vida Marvada/ Admirável Gado Novo (pot-pourri)

Zé Henrique

Corre um boato aqui donde eu moro
Que as mágoas que eu choro
São mal ponteadas
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi
Santa e purificada
Diz que eu rumino desde menininho
Fraco e mirradinho
A ração da estrada
Vou mastigando o mundo e ruminando
E assim vou tocando
Essa vida marvada

É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pro meu desengano
É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda magoa é um mistério fora desses planos
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa pro uma visitinha
Que num verso ou num reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê

Tem um ditado dito como certo
Que cavalo esperto
Num espanta boiada
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando essa vida marvada
Cumpade meu que envelheceu cantando
Diz que ruminando da pra ser feliz
Por isso eu vagueio ponteando e assim procurando
A minha flor-de-lis

É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pro meu desengano
É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda magoa é um mistério fora desses planos
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa pro uma visitinha
Que num verso ou num reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê

Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa dos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber

E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer

Eh, oh, vida de gado
Povo marcado, eh
Povo feliz!
Eh, oh, vida de gado
Povo marcado, eh
Povo feliz!

Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal

E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou

Eh, oh, vida de gado
Povo marcado, eh
Povo feliz!
Eh, oh, vida de gado
Povo marcado, eh
Povo feliz!
Oh, oh, oh

O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores tempos idos
Contemplam esta vida numa cela

Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo se acabar
A arca de Noé, o dirigível
Não voam, nem se pode flutuar

Não voam, nem se pode flutuar
Não voam, nem se pode flutuar

Eh, oh, vida de gado
Povo marcado, eh
Povo feliz (eu quero ouvir vocês, vai)
Eh, oh, vida de gado
Povo marcado, eh
Povo feliz!

Ooi
Oh, uoh, uoh, uoh, uoh, eh, eh, eh, boi
Eh, boi, yeah, yeah, boi

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Composição: Rolando Boldrin / Zé Ramalho. Essa informação está errada? Nos avise.

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