Fim do Dia

Ritual de gratidão e simplicidade em “Fim do Dia”

“Fim do Dia”, de Zé Mulato e Cassiano, retrata o entardecer no sertão como um momento de contemplação e agradecimento. A letra destaca a valorização do ciclo diário da vida rural, como no trecho: “Agradeço ao criador por mais um dia vivido / Nova manhã é esperada, pra cumprir outra jornada / Se assim for permitido”. Aqui, fica clara a humildade diante da natureza e a esperança renovada a cada amanhecer, elementos centrais para quem vive no campo.

A música utiliza imagens marcantes, como “nuvens avermelhadas formando um lindo arrebol” e “um bando de patos selvagens”, para criar um cenário vívido do sertão ao final do dia. A presença de aves típicas, como acauã, jandaia e maracanã, além de cenas como o banho na bica e a preparação de uma refeição simples, reforça o apreço pelos pequenos rituais cotidianos. Esses detalhes são característicos da música caipira de raiz, transmitindo autenticidade e respeito às tradições. Assim, “Fim do Dia” celebra a harmonia com a natureza e a importância dos gestos simples, transformando o fim do dia em um momento de paz e renovação para o homem do campo.