Destino

Reflexão sobre imperfeição e aceitação em “Destino”

A música “Destino”, de Zé Vaqueiro, aborda como a busca pela perfeição pode atrapalhar o amor verdadeiro. O verso “Os perfeitos não sabem amar” faz uma crítica direta à idealização exagerada nos relacionamentos, mostrando que tentar evitar falhas e erros pode afastar as pessoas em vez de aproximá-las. O contexto da canção reforça essa ideia ao mostrar que a análise constante dos próprios erros e a expectativa de perfeição foram fatores que contribuíram para o fim do casal retratado.

A figura do destino aparece como uma entidade “decepcionada” e “tentando juntar vocês dois”, trazendo um tom de melancolia e resignação. Isso sugere que, mesmo com o esforço do destino, a relação não se sustenta se as pessoas não aceitam suas imperfeições. O refrão “E não foi amor / E o que faltou? / Foi o que então? / Não me pergunte, não” expressa a confusão e a dificuldade de encontrar uma explicação clara para o término, reforçando que, muitas vezes, não existe um único motivo, mas sim uma soma de expectativas frustradas e autocrítica. Assim, “Destino” se conecta com quem já viveu relações marcadas por cobranças e inseguranças, transmitindo a mensagem de que aceitar as imperfeições é essencial para amar de verdade.