Mamãe Oxum

A Celebração de Oxum em 'Mamãe Oxum' de Zeca Baleiro

A música 'Mamãe Oxum', interpretada por Zeca Baleiro, é uma homenagem à divindade das águas doces na religião do Candomblé, Oxum. A letra descreve uma cena pacífica e ritualística onde Oxum é vista colhendo lírios na beira de um rio, um ato que simboliza a purificação e a beleza, elementos frequentemente associados a essa orixá. A repetição do ato de colher lírios para enfeitar o gongá (altar sagrado no Candomblé) enfatiza a importância da constância e da dedicação nas práticas religiosas.

O cenário descrito na música, uma cachoeira, é um espaço natural frequentemente associado a Oxum, que é a orixá do amor, da fertilidade e da riqueza, e também guardiã das crianças. A cachoeira, com sua água fluindo e renovando-se constantemente, serve como metáfora para a vida e a renovação contínua. A presença dos lírios, flores que simbolizam a pureza e a maternidade, complementa essa imagem de cuidado e proteção.

A parte final da música traz uma mudança no foco lírico para a interação entre o mar e o céu, sugerindo uma harmonia universal e a influência de Oxum sobre outros elementos da natureza. Essa passagem pode ser interpretada como uma representação da serenidade e da influência calmante de Oxum, reforçando seu papel como uma força estabilizadora e benevolente no universo.