
Outra Canção do Exílio
Zeca Baleiro
Identidade e exílio contemporâneo em “Outra Canção do Exílio”
Em “Outra Canção do Exílio”, Zeca Baleiro faz uma releitura moderna do sentimento de exílio, inspirado no poema clássico de Gonçalves Dias. O título já indica essa conexão, mas, ao contrário do original, Baleiro amplia o conceito de exílio para além da saudade da terra natal, trazendo-o para um contexto atual, onde o deslocamento é existencial. A recusa em “rezar a Cristo nem a Steve Jobs” mostra uma crítica à dependência de dogmas, sejam religiosos ou tecnológicos, e reforça a busca do artista por uma identidade própria, livre de padrões impostos.
A letra destaca a sensação de não pertencimento e de viver em constante movimento, como nos versos “Ainda sou um pária como no início / Perto do começo, longe do comício” e “Já morei em casa e apartamento / Mas eu tenho asa e voo com o vento”. Essa vida nômade é compensada pela força da imaginação, que permite ao narrador criar futuros melhores e resistir à solidão. O trecho “Tanta vida existe na imaginação / Eu imaginando invento o futuro” evidencia a esperança e a criatividade como formas de sobrevivência emocional. No final, a canção contrapõe o ceticismo de quem acredita que “a vida é só isso, isso só” com a imagem das flores que crescem ao redor, sugerindo que, mesmo diante da descrença e da transitoriedade, sempre há espaço para o renascimento e para a beleza inesperada do cotidiano.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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