
Vi, Não Vivi
Zélia Duncan
Ironia e frustração amorosa em “Vi, Não Vivi” de Zélia Duncan
Em “Vi, Não Vivi”, Zélia Duncan utiliza a ironia já no título, que faz referência à expressão latina “Veni, vidi, vici” (“Vim, vi, venci”), invertendo-a para “Nem veni, nem vidi, nem vici”. Essa inversão deixa claro que o encontro retratado na música não teve qualquer impacto significativo. A letra reforça essa ausência de envolvimento ao citar Eros e Afrodite, deuses do amor e da beleza, mostrando que nem mesmo essas figuras mitológicas foram capazes de despertar desejo ou paixão.
Além disso, a menção a poetas como Rilke e Leminski sugere uma tentativa de criar uma conexão intelectual, mas nem isso acontece. A música brinca com a expectativa de um encontro marcante, mas descreve, de forma leve e direta, a decepção de não sentir absolutamente nada: “Não senti onda por ti, não senti / Nem o menor apetite / Não senti o tremelique”. O tom irônico aumenta ao listar situações típicas de romance – como “sushi, sashimi”, “colibri”, “sino batendo” e “ares de casal 20” – apenas para negar cada uma delas. No fim, Zélia Duncan transforma a frustração de um encontro sem química em algo natural e até divertido, mostrando que nem sempre a realidade corresponde à expectativa, e que isso pode ser encarado com leveza e humor.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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