O Que Mereço

O Que Mereço: A Busca pelo Equilíbrio e Autenticidade

A música 'O Que Mereço' de Zélia Duncan é uma reflexão profunda sobre a busca por equilíbrio e autenticidade na vida. A letra começa com uma metáfora poética, comparando a noite a um beijo doce que arde, e a tarde ao Sol que também arde. Essa dualidade entre o doce e o ardente simboliza as contradições e complexidades da vida. A artista expressa um desejo de que o céu desabe, uma metáfora para a libertação de tensões e expectativas acumuladas.

No refrão, Zélia Duncan enfatiza a ideia de merecimento e equilíbrio: 'Eu só quero o que mereço, nenhum mar a mais, nenhuma gota a menos'. Ela busca um estado de justiça e harmonia, onde não há excessos nem faltas. Essa busca é reforçada pela repetição de elementos opostos, como 'nenhum dia a mais, nenhum segundo a menos', sugerindo um anseio por uma vida medida e justa, sem exageros ou carências.

A letra também aborda a questão do tempo e das relações humanas. A frase 'É uma pena que nós só nos conhecemos hoje' revela um lamento por encontros tardios e oportunidades perdidas. No entanto, a artista mantém sua postura de querer apenas o que é justo e merecido, sem finais felizes forçados ou recomeços tristes. Ela rejeita a necessidade de medir gestos e sentimentos, buscando uma autenticidade que não se prende a arrependimentos ou escolhas passadas. A música, portanto, é uma ode à busca por uma vida equilibrada, autêntica e justa, onde cada elemento tem seu lugar e valor exato.