
Skntñfia
Zepelim e o Sopro do Cão
“Skntñfia” como mantra de resistência e catarse urbana
O refrão-mantra “Skntñfia” funciona como um código: um grito sem semântica clara que vira batida mental, marcando crise e intuição ao mesmo tempo. A faixa transforma imagens de rua e de ringue — “Vencendo Mike Tyson com beijo” — em estratégia de resistência psíquica, afinada ao espírito coletivo e bruto de Arquibancada Sol. Desde o início, a pressão é difusa e invasiva — “imposição… como se uma infecção”. Ela pega quando a guarda baixa e distorce a percepção; daí o corpo entra em modo “perseguição e defesa”, cansado, sem grana, sem diagnóstico e sem rota de fuga. “Com a bandeira dos cara na mão sou a dominação” mostra a captura simbólica: reproduzir o símbolo do outro vira submissão internalizada. O timbre hardcore-rap, herdeiro de Refused e Rage Against the Machine e turbinado pela produção de Alexandre Capilé, empurra o transe repetitivo como um canto de arquibancada do interior nordestino: rascante, coletivo e nascido de uma batalha interna.
No meio disso aparece a crítica à indústria do afeto e da noite: “o amor é sucesso só quando se fala em curtição” e “Comercializando a festa, uniformizando aresta… viciaram mais um” apontam a festa como mercadoria e comportamento padronizado, enquanto se exige performance infinita — “Quem cessa, não presta”. “Roubando a cena… tô com bala no latão” traz duplo sentido: a violência da rua e o litrão que anestesia, tensão entre fuga e confronto. O refrão martelado — “Skntñfia…/segue a destruição, dor/isso é intuição” — sustenta o pulso contraditório da faixa: o colapso se aproxima e o instinto indica a passagem. Quando a letra volta a “Pensava isso ao contrário… sua visão de mundo suavizando o muro”, insinua um respiro — alguém ou uma ideia que recolore o cenário. Mas a palavra inventada, dura e truncada, retorna como glitch e grito de torcida, unindo mente em curto e catarse coletiva — a cara do Zepelim e o Sopro do Cão.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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