Saudade Acumulada
Zeugusto e Eduardo
Carro de boi, fiel amigo do carreiro, somos pioneiros, dois heróis do meu sertão. Quem conheceu aquele tempo, não esquece, o carro e o mestre a rodar pelo estradão. Juntos vivemos, nossos momentos de glória, que hoje a história conta com recordação. Carro de boi, que o tempo retirou de moda, mas até hoje ainda roda, dentro do meu coração.
Na chapada do meu peito, no estradão do pensamento, carreando os meus tormentos, vai meu carro a passo lento, meu eterno companheiro.
Vamos boiada, ue ue boi, ferrão de ponta afiada, que essa carga é a mais pesada, é a saudade acumulada dos meus tempos de carreiro.
Carro e carreiro e boiada de carro, rastros no barro que o asfalto apagou. Tarja de luto, rente ao peito do sertão, fim de uma tradição que tantos anos durou.
Carreiro velho, eu fui o herói sem troféu, pendurei o meu chapéu e a minha vara de ferrão, mas carro velho, ainda hoje escuto sim, seu cantar dentro de mim, nas grotas do meu coração.
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Zeugusto e Eduardo e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: