O Matuto (part. Lorena e Rafaela)

Tradição e orgulho rural em “O Matuto (part. Lorena e Rafaela)”

A música “O Matuto (part. Lorena e Rafaela)”, de Zezé Di Camargo, traz uma celebração direta e orgulhosa da vida simples no campo, conectando-se à história de Francisco José de Camargo, pai do cantor. O trecho “Falo de mim / Esse matuto, que aqui expressa / Pareço um índio de pé no chão / Sou da floresta” reforça a identidade rural e homenageia a humildade e o respeito à natureza, características marcantes de Seu Francisco, cuja trajetória inspirou o filme “2 Filhos de Francisco”. Termos como “matuto” e referências ao sertão e à floresta mostram o orgulho de pertencer a esse universo, onde o conhecimento da terra e o contato com o ambiente são motivos de honra e felicidade.

A letra também destaca a recompensa do trabalho honesto e a satisfação de colher o que se planta, como em “O que plantei cresceu depressa / Já me deu frutos” e “Tenho certeza, quem faz o mesmo / O tempo voa”. Esses versos refletem a rotina do campo e uma filosofia de vida baseada em consciência tranquila e pureza de espírito, como em “Feliz daquele / Que a consciência está tão leve / Alma inocente / Pura e clarinha, parece neve”. O cuidado com a terra, tratado como um laço familiar em “Cuido daqui, como se o mato / Fosse meu filho”, reforça o sentimento de pertencimento e responsabilidade. Assim, a canção homenageia a figura paterna e a cultura sertaneja raiz, celebrando valores de simplicidade, gratidão e respeito à natureza.