exibições de letras 4.407

Ainda Não Morremos Todos

A286

Letra

    Pode ter certeza, hoje não vai subir coragem e esperança
    Liberdade pra nós, mesmo que a base de matança
    Vingar os que pela causa já sangraram
    Que a má conduta forjaram, e sem razão balearam
    Me adaptaram ao medo camuflado de preto e vermelho
    De cruz no peito e fé nos armamentos
    É desse jeito mesmo, ai questão de tempo e sofrimento
    Aqui o dom do amor vai embora cedo
    Não queria, porém fazer o que se é necessário
    Mais ódio que piedade em guerra, o bom morre frustado
    Doutrina que as dor ensina sem misericórdia
    Enterrando parente sem assistência psicológica
    É foda, é quente, o medo é inconsciente
    Geração de defesa te instiga consequentemente
    Hoje o pivete não fez dinheiro não
    Oferecendo bala pros passageiros no busão
    Espera alguém vir rasgar teu peito por bem material
    Para você entender o quanto educação era vital
    Onde não há evolução sem conhecimento e arma
    Não existe medicamento só sangue ameniza a raiva
    A imagem é triste não é assim que a gente vive boyzão?
    Entre os becos tentando entender o que é compaixão
    Errou quem acreditou que ainda é possível ter paz
    Vai me entender com alguém recolhendo seus restos mortais

    Pela tragédia social na versão dos vencidos
    A ação covarde do gambé, no morro dando tiro
    Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
    A286 Exército dos Excluídos
    Ainda não morremos todos...
    (Enquanto houver motivo, vai ter tiro)
    Ainda não morremos todos...
    (Comer seu lixo não é comigo, morô?)

    Reconheço a importância dos programas pros pobres
    Só que lazer sem emprego é anestesia precoce
    Nem tenta, enfia no rabo seu texto decorado
    Quer convencer que ong tá pelos favelados
    É subestimar minha sobrevivência no inferno
    Uma vida neutralizando rancor em afeto moderno
    Não tem o talento descoberto entre grades
    Pm pintando quadro, esculpindo sabonete
    Quantos futuros químicos acabou de glock e touca
    Sobrevivendo em presídio destilando maria louca
    Comprovando que competência nível multinacional
    Não é só pro que não teve escravo como ancestral
    Tô pelos que vem com rap na mente decorado
    De boné 1 da sul, de lenço e bombojaco
    Que essas horas tá pelo rango na mesa
    Sem segurança na máquina da empresa
    Tenho problema sim, psico alterado
    Que descobri que é impossível ser feliz com 5 conto diário
    Entre o trampo caseiro adaptado a situação
    E o parceiro armado com a planta da mansão

    Ontem queimaram busão, mataram polícia
    Ignorando os recursos de alta tecnologia
    Amanhã a vítima vai ser o governador do estado
    Antes de eu ser o Tiradentes morrendo esquartejado

    Pela tragédia social na versão dos vencidos
    A ação covarde dos gambés, no morro dando tiro
    Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
    A286 Exército dos Excluídos
    Ainda não morremos todos...
    (Pronto para atirar... agora é guerra...)
    Ainda não morremos todos...
    (Seu herói pede socorro nessa cena)

    Agradece ai boyzão por cada um que optou
    Pedir esmola no busão, na estação do metrô
    Se sujeitou sem pudor no cruzamento
    Balança a seta, a bandeira pra venda de apartamento

    Mó tiração, mas cê vai ver que nem todos se conformam
    Com cobertor no guarda roupa substituindo as portas
    Com a vida inalando bosta, beirando córrego
    Hospedando parasita país que epidemiológico

    ''Vai, vai, vai, dá o celular, solta a bolsa, não grita''
    É justiça pro que só viu direito em teoria
    Perdeu aula na escola em dia de chuva
    Com a reforma limitada em nota fiscal sem estrutura

    Enquanto pregam mandamento de cristo pro paraíso
    Tô investindo em caça, bomba, míssil sonhando com o inimigo
    Degolado vivo, exposto em vidro na net
    Aprisionado no trigo a urina e fezes

    Aqui o ensino fundamental é manusear rifle fal
    Para avaliar QI negociando refém com policial
    Pro fim do julgamento o audiovisual eternizado
    Sobre regime indisciplina diferenciado
    Hoje a manifestação vai ser pacífica
    Igual a ação da polícia na periferia
    Feito processo dejavu pressinto os tiros da tática
    Mas antes derrubo um helicóptero, te mato carbonizado

    Pela tragédia social na versão dos vencidos
    A ação covarde dos gambés, do morro dando tiro
    Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
    A286 Exército dos Excluídos
    Ainda não morremos todos
    (Todo mundo pro arrebento quero ver quem segura)
    Ainda não morremos todos...
    (Se quer guerra terá... quero em dobro)
    (Enquanto houver motivo, vai ter tiro)
    (Comer seu lixo não é comigo morô)
    (Pronto pra atirar... agora é guerra)
    (Seu herói pede socorro nessa cena)
    (Quando Deus não ajuda a pólvora faz seu papel)
    (Se quer guerra, terá!)


    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de A286 e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção