
Admirável Gado Novo
Alceu Valença
Crítica social e alienação em “Admirável Gado Novo”
Em “Admirável Gado Novo”, Alceu Valença utiliza a metáfora do gado para criticar a alienação e o conformismo do povo diante das dificuldades sociais. O refrão “vida de gado, povo marcado, povo feliz” ironiza a aparente felicidade de uma população que, mesmo controlada e marcada, aceita sua situação sem questionar. Essa crítica ganha força ao se inspirar no livro “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, associando a sociedade brasileira a uma distopia em que as massas são manipuladas e vigiadas, como mostram os versos “A vigilância cuida do 'normal'” e “Os automóveis ouvem a notícia / Os homens a publicam no jornal”.
A letra também aborda o ciclo de exploração e a esperança frustrada do povo. O trecho “É duro tanto ter que caminhar / E dar muito mais do que receber” evidencia o sacrifício constante sem retorno, enquanto “O povo foge da ignorância / Apesar de viver tão perto dela” mostra o desejo de mudança, mas também a dificuldade de romper com as condições impostas. A referência à “arca de noé, o dirigível / Não voam nem se pode flutuar” simboliza a falta de salvação ou saída, reforçando o sentimento de estagnação. A música ganhou ainda mais relevância ao ser incluída na trilha de “O Rei do Gado” e ao se associar ao movimento dos Sem-Terra, ampliando sua crítica social e conectando a metáfora do gado à luta por direitos e dignidade no campo brasileiro.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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