No Es Lo Mismo

Autenticidade e crítica social em “No Es Lo Mismo” de Alejandro Sanz

Em “No Es Lo Mismo”, Alejandro Sanz explora as diferenças sutis entre situações e atitudes que, à primeira vista, parecem semelhantes, mas têm significados e consequências distintas. A repetição do verso “No es lo mismo ser que estar / No es lo mismo estar que quedarse, ¡que va!” destaca a importância de distinguir entre estados de ser, presença e permanência. Sanz enfatiza que autenticidade e intenção são fundamentais nas relações e escolhas, indo além do tema romântico para abordar questões sociais e políticas, como ele mesmo apontou em entrevistas.

A letra adota um tom assertivo e irônico, especialmente ao rejeitar a hipocrisia e a pressão para se encaixar. No trecho “Vale, que a lo mejor me lo merezco / Bueno, pero mi voz no te la vendo / Puerta, y lo que opinen de nosotros / Léeme los labios, yo no estoy en venta” (“Ok, talvez eu mereça / Mas minha voz eu não vendo / Porta, e o que pensam de nós / Leia meus lábios, eu não estou à venda”), Sanz deixa claro que não abrirá mão de sua autenticidade para agradar aos outros. Expressões como “a mí me vale madre” (não me importo com a opinião dos outros) e referências a “listas negras, manos blancas” reforçam críticas à hipocrisia e à manipulação social, além de sugerirem reflexões sobre justiça e desigualdade. Ao afirmar que tem “pomada pá' tó' los dolores” e “remedios para toda clase de errores”, Sanz mostra resiliência diante das decepções, sem perder sua essência. Assim, a música se torna um manifesto pela autenticidade e pela resistência à padronização.