Rimowa (part. ELENA ROSE)

Bagagem emocional e saudade em "Rimowa (part. ELENA ROSE)"

Em "Rimowa (part. ELENA ROSE)", Alejandro Sanz utiliza a mala Rimowa como uma metáfora clara para a bagagem emocional que permanece após o fim de um relacionamento. O verso “Tengo la RIMOWA con sesenta kilos, pero de recuerdos” (“Estou com a RIMOWA com sessenta quilos, mas de lembranças”) resume esse sentimento, mostrando que, mesmo tentando seguir em frente, o passado continua pesando, dificultando o desapego. A música explora a dificuldade de deixar para trás memórias e sentimentos, tornando a experiência do término algo universal e facilmente reconhecível.

A melancolia da canção é reforçada pelas perguntas sobre o ex-parceiro, como “Si quieres volver, si quieres hablar, si piensas en mí” (“Se você quer voltar, se você quer conversar, se pensa em mim”), que evidenciam saudade e incerteza. Elena Rose revelou que a inspiração veio de experiências pessoais de viagens, riscos e perdas, o que se conecta à sensação de deslocamento expressa em “Hoy estoy aquí, con ganas de allá” (“Hoje estou aqui, com vontade de estar lá”). Referências a lugares como Madrid e à mãe ampliam o sentimento de ausência e raízes distantes. O dilema entre retomar contato e manter o autocontrole aparece em “A veces, te quiero escribir, pero me aguanto” (“Às vezes, quero te escrever, mas me seguro”), mostrando a luta interna entre reviver o passado e proteger ambos da dor. A repetição de “porque, baby, tú no te mereces que te dañe el día a veces” (“porque, baby, você não merece que eu estrague seu dia às vezes”) destaca o respeito e a maturidade emocional dos compositores. A colaboração entre Sanz e Elena Rose, ao unir estilos e vivências, reforça a autenticidade e a profundidade da música.