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Baile no Bola

Alfredo Del Penho

Domingo eu ia pro Elite ver Antonieta
Alguém me fez o convite de ir ao Bola Preta
Pus o meu terno grafite, salto carrapeta
Chamei a nêga Judite pra ir lá

Ela deu logo um palpite - a nêga é de veneta
De que não ia prestar
Isola, que isso é caraminhola
Pois um baile no Bola ninguém vai desprezar

Cheguei no Bola otimista, assim é que se chega
Peguei uma mesa de pista, tava de manteiga
Fiquei ouvindo os artistas, esperando a nêga
Eu tinha ali toda a vista do salão

E ao som de Wilson Batista, veio uma galega
E me pegou pela mão
Caramba! A ruiva até que era bamba
E eu caí no samba, que aquele samba era bom

Quando eu já tinha arriscado
Um puladinho, um cruzado, foi que a nêga Judite chegou
Fiquei surpreso com a nêga que empurrou a galega
E nessa hora que o tempo fechou
Era puxão de cabelo, era mordida, unhada
Chute, sopapo, pernada
Foi só a nêga falar que lá não ia prestar
Que o que ela fez não prestou

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Composição: Maur / Paulo César Pinheiro. Essa informação está errada? Nos avise.

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