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A Estrada e o Violeiro (part. Joyce Moreno)

Alfredo Del Penho

Letra

    Sou violeiro caminhando só
    Por uma estrada caminhando só
    Sou uma estrada procurando só
    Levar o povo pra cidade só

    Parece um cordão sem ponta, pelo chão desenrolado
    Rasgando tudo que encontra, a terra de lado a lado
    Estrada de Sul a Norte, eu que passo, penso e peço
    Notícias de toda sorte, de dias que eu não alcanço
    De noites que eu desconheço, de amor, de vida ou de morte

    Eu que já corri o mundo cavalgando a terra nua
    Tenho o peito mais profundo e a visão maior que a sua
    Muita coisa tenho visto nos lugares onde eu passo
    Mas cantando agora insisto neste aviso que ora faço
    Não existe um só compasso pra contar o que eu assisto

    Trago comigo uma viola só
    Para dizer uma palavra só
    Para cantar o meu caminho só
    Porque sozinho vou à pé e pó

    Guarde sempre na lembrança que essa estrada não é sua
    Sua vista pouco alcança, mas a terra continua
    Segue em frente, violeiro, que eu lhe dou a garantia
    De que alguém passou primeiro na procura da alegria
    Pois quem anda noite e dia sempre encontra um companheiro

    Minha estrada, meu caminho, me responda de repente
    Se eu aqui não vou sozinho, quem vai lá na minha frente?

    Tanta gente, tão ligeiro, que eu até perdi a conta
    Mas lhe afirmo, violeiro, fora a dor que a dor não conta
    Fora a morte quando encontra, vai na frente um povo inteiro

    Sou uma estrada procurando só
    Levar o povo pra cidade só
    Se meu destino é ter um rumo só
    Choro em meu pranto é pau, é pedra, é pó

    Se esse rumo assim foi feito, sem aprumo e sem destino
    Saio fora desse leito, desafio e desafino
    Mudo a sorte do meu canto, mudo o norte dessa estrada
    Em meu povo não há santo, não há força e não há forte
    Não há morte, não há nada que me faça sofrer tanto

    Vai, violeiro, me leva pra outro lugar
    Que eu também quero um dia poder levar
    Toda gente que virá
    Caminhando, procurando
    Na certeza de encontrar

    Se esse rumo assim foi feito, sem aprumo e sem destino
    Saio fora desse leito, desafio e desafino
    Mudo a sorte do meu canto, mudo o norte dessa estrada
    Em meu povo não há santo, não há força e não há forte
    Não há morte, não há nada que me faça sofrer tanto


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