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Letra

    Batem-me à porta, quem é?
    Ninguém responde... que medo...
    que eu tenho de abrir a porta.
    Deu meia-noite na Sé.
    Quem virá tanto em segredo
    Acordar-me a hora morta?

    Batem de novo, meu Deus!
    Quem é, tem pressa de entrar,
    E eu sem luz, nada se vê
    A Lua fugiu dos Céus
    Nem uma estrela a brilhar
    Batem-me à porta, quem é?...

    Quem é?... quem é?... que pretende?...
    Não abro a porta a ninguém...
    Não abro a porta ´inda é cedo...
    Talvez seja algum doente
    ou um fantasma, porém
    ninguém responde... que medo.


    Será o fantasma dela
    da que matei. Não o creio!...
    A vida, a morte que importa.
    Se espreitasse pela janela,
    Jesus! Jesus! que receio
    que eu tenho de abrir a porta.

    Feia Noite de Natal.
    A esta hora o Deus Menino
    Já nasceu na Nazaré.
    Não há perdão para meu mal
    Calou-se o Galo. E o sino
    deu meia-noite na Sé.

    Continuam a bater
    Decerto que é a Justiça
    P´ra conduzir-me ao degredo
    Matei, tenho de morrer
    Oh! minha alma assustadiça
    Quem virá tanto em segredo?

    Seja quem for, é um esforço
    Vou-me entregar que tormento
    Que me vence e desconforta.
    - Ninguém bateu! Oh! remorso
    Não é ninguém! É o vento
    Acordar-me a hora morta.


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