Lunes, Martes

Solidão e espera ao longo da semana em “Lunes, Martes”

“Lunes, Martes”, de Ambra, explora como a melancolia se transforma em uma presença constante durante a ausência de alguém importante. O verso “La melancolía ya es amiga mía” mostra que a tristeza deixa de ser apenas um sentimento passageiro e passa a ser uma companhia familiar diante da solidão. A chuva aparece repetidamente como metáfora, reforçando o clima introspectivo e a sensação de saudade, sugerindo que o tempo se arrasta quando a pessoa amada está distante.

A letra organiza a semana como uma sequência de dias vazios e difíceis, destacando o peso emocional de cada um: “El lunes llega ya, el martes es mortal” (A segunda-feira já chega, a terça-feira é mortal). O início da semana é especialmente doloroso, enquanto o sábado, dia do possível reencontro, parece inalcançável: “Cuando el sábado está lejos a mil años luz” (Quando o sábado está longe, a mil anos-luz). O refrão reforça o sentimento de vazio tanto nas ruas quanto no coração, conectando a experiência individual da saudade a um sentimento universal de solidão. O fato de a música fazer parte da trilha sonora de uma novela intensifica esse tom melancólico e reflexivo, tornando a canção um retrato sensível da espera e do desejo de reencontrar quem se ama.