Fado do 31
António Mello Corrêa
Á porta da Brasileira
Dois tipos encontram dois
Juntam-se os quatro e
Depois
Lá começa a cavaqueira
Agrava-se a chinfrineira
Vai aumentando o zum-zum
Vem bomba, rebenta, pum
Depois mais tarde vereis
24, 26, 29 e 31
Ó larilólela
Como este não há nenhum
Tudo bate em Portugal o fado
Do 31
Um homem que quer sarilhos
Por um motivo qualquer
Discute com a mulher
E dá porrada nos filhos
A sogra nos mesmos trilhos
P'ra não ficar em jejum, leva
Também um fartum
Acaba tudo ao biscoito
24, 26, 29 e 31
Já de manhã despachados
Bebem vinho da botija
Viram dois copos da rija
De quatro em dois separados
Depois de bem engraxados
P'ra não ficar em jejum
Mamam dois copos de rum
Vem Carcavelos, vem Porto
E depois está tudo torto
E rebenta o 31
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