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Mãos abertas mãos de dar
As minha mãos são assim
Viste-as abertas chegar
E abertas hão-de ficar
Quando tu morreres em mim

Ao partir não levarei
Nada mais do que ao chegar
Minhas mãos, quando tas dei
Vinham abertas e sei
Que abertas hão-de ficar

Nunca as juntei para rezar
Nem nunca as ergui aos céus
Minhas mãos, são mãos de dar
Não sabem querer nem esperar
Nem sequer dizer adeus

Ao partir não levarei
Nada teu, partindo em mim
De mãos abertas irei
Passado nunca o terei
As minhas mãos são assim

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Composição: Alfredo Duarte / Manuel De Andrade. Essa informação está errada? Nos avise.

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