Que Voy a Hacer Conmigo

A Solidão e o Eu em 'Que Voy a Hacer Conmigo'

A música 'Que Voy a Hacer Conmigo', do cantor guatemalteco Ricardo Arjona, é uma expressão lírica da dor e do vazio deixados pela ausência de um amor. Através de metáforas e imagens poéticas, Arjona descreve a transformação de sua realidade após a partida de alguém significativo. A letra inicia com a alteração da palavra 'hogar' (lar), que sem a letra 'h' perde seu significado, assim como o 'amor' que se transforma em 'dolor' (dor), evidenciando a perda e a tristeza que permeiam o ambiente outrora compartilhado.

O cantor utiliza analogias como a do bote de bronceador em casa de esquimales para ilustrar o sentimento de abandono e inutilidade. A repetição da pergunta '¿Qué voy a hacer conmigo?' reflete a busca por sentido e direção em meio ao caos emocional. O eu lírico se vê como seu próprio inimigo, lutando contra a solidão e a memória de um passado que parece mais valioso que o presente. A casa, antes cheia de vida, agora é descrita como um depósito de memórias, um 'aeropuerto de moscas' e um 'desierto' sem vida, reforçando a sensação de desolação.

A música de Arjona, conhecida por suas letras introspectivas e emocionais, toca em temas universais como o luto amoroso e a introspecção. 'Que Voy a Hacer Conmigo' é um convite à reflexão sobre como lidamos com a perda e a solidão, e como reconstruímos nossa identidade quando uma parte significativa dela se vai. A canção ressoa com aqueles que já se viram perdidos após o término de um relacionamento, questionando como seguir em frente.