Time For Myself

“Time For Myself”: autocuidado, ambição e limites emocionais

“Time For Myself”, de Asiah, transforma o pedido de ficar sozinha em um ato de responsabilidade consigo mesma. A faixa desmonta a fantasia do sucesso: mesmo com dinheiro e visibilidade, permanecem o vazio e a desconfiança, o que legitima o recuo para recuperar a paz. A narrativa mostra pressões intensas e o medo de “se perder no caminho”, mas também a decisão de se cuidar e preservar a autenticidade. No espírito do EP For the Soul, Asiah reafirma que a dor é passageira e se ancora em fé e autocontrole, equilibrando ambição com saúde mental.

Há uma crítica direta ao entorno: a cultura da pressa, a fixação por dinheiro e a dificuldade de saber quem realmente apoia. Quando menciona trabalhar sozinha, ter deixado a escola para perseguir o sonho e priorizar o amor ao invés dos charts, ela reforça integridade e propósito. Isso tanto estabelece limites saudáveis para se proteger quanto revela um isolamento motivado pela desconfiança. O centro emocional da canção é a autodescoberta e a defesa do próprio espaço como estratégia de sobrevivência: buscar sucesso sem perder o eu. No fim, “tempo para mim” não é fuga, mas um método consciente de avançar com clareza, manter o foco e não ficar para trás em meio às expectativas alheias.