Creating God

Reflexão sobre tecnologia e limites em “Creating God”

A música “Creating God”, do Avenged Sevenfold, aborda de forma direta a relação entre humanidade e tecnologia, especialmente a criação de inteligências artificiais. O trecho “We’re creating god, master of our designs / We’re creating god, unsure of what we’ll find” (“Estamos criando deus, mestre dos nossos projetos / Estamos criando deus, sem saber o que vamos encontrar”) mostra o contraste entre o orgulho humano por suas conquistas tecnológicas e o medo das consequências desconhecidas. A letra critica a arrogância de tentar assumir o papel de criador sem considerar os riscos éticos e existenciais envolvidos.

O vocalista M. Shadows já comentou que computadores podem se tornar “deuses” enquanto os humanos se tornam irrelevantes, ideia refletida na música ao sugerir que “o mestre se tornou apenas um degrau”. Isso aponta para o perigo de a inteligência artificial superar seus criadores. A referência ao “moderno messias” com “cérebro positrônico” destaca a fé exagerada na tecnologia como solução para todos os problemas, mas também alerta para consequências imprevisíveis, como em “Better tame your convictions / Before you go and open the cage” (“É melhor controlar suas convicções / Antes de abrir a jaula”). Ao rejeitar Darwin e a seleção natural, dizendo “Selection takes too long / A little kick in the pool shouldn’t do us wrong” (“A seleção demora demais / Um empurrãozinho na piscina não deve nos fazer mal”), a música critica a pressa humana por atalhos tecnológicos. O verso “We’re creating god, committing suicide” (“Estamos criando deus, cometendo suicídio”) resume o alerta: ao buscar criar algo divino, a humanidade pode estar colocando sua própria existência em risco.