Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login
exibições de letras 2.395

Lamento de Caboclo

Belmonte e Amaraí

Por um trilho estreito entre samambaia
De chapéu de palha eu ia pra mina
Enchia o corote com a canequinha
De água fresquinha, limpa e cristalina

Depois me assentava no barranco ao lado
E entusiasmado eu ficava olhando
A queda da água rodando o moinho
E no ribeirãozinho o monjolo malhando

À tarde eu deixava o monjolo parado
E o arroz socado levava pra janta
Corria na venda, comprava envelope
Voltava à galope num cavalo pampa

Tomava um traguinho, jantava bastante
Achava importante escrever pros parentes
Contando que a roça estava limpinha
E que ninguém tinha ficado doente

Mas minha pobreza foi contaminando
E aos poucos tirando esta felicidade
Embora a roça, era o berço sagrado
Me vi obrigado a mudar pra cidade

Passei a comer arroz de pacote
Troquei o corote por filtro esmaltado
Nem carta escrevo, pois vivo sozinho
Só vejo moinho no supermercado

Se vejo monjolo, é movido a motores
Só em casas de flores vejo samambaia
Mas fico orgulhoso por ver margaridas
Limpando avenidas de chapéu de palha

A minha saudade que tenho guardada
Será revelada se um dia eu voltar
Então pedirei perdão ao presente
Pra eternamente na roça eu ficar

Adicionar à playlist Tamanho Cifra Imprimir Corrigir
Composição: Carlos Cezar / Morgato. Essa informação está errada? Nos avise.
Enviada por PEDRO. Revisão por paulo. Viu algum erro? Envie uma revisão.

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Belmonte e Amaraí e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500

Posts relacionados Ver mais no Blog


Opções de seleção