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Biografia de Erasmo Carlos: relembre a vida e carreira do Tremendão

Confira a biografia de Erasmo Carlos, o Tremendão, e relembre os maiores marcos da carreira desse grande nome da música nacional.

Biografias · Por Rafaela Damasceno

23 de Novembro de 2022, às 12:26

Se você conhece um pouco sobre a história da música brasileira, com certeza já ouviu falar que a biografia de Erasmo Carlos tem tudo a ver com um marco do rock nacional: a Jovem Guarda.

Nos anos 60, ao lado do seu parceiro Roberto Carlos, o Tremendão revolucionou a forma de produzir música na época. Ao longo dos anos, ele continuou a ser um dos nomes mais influentes da nossa cultura.

Erasmo Carlos
Créditos: Divulgação.

Infelizmente, no dia 22 de novembro de 2022, o Brasil perdeu Erasmo Carlos, mas o seu legado continua muito vivo em nossos corações. Então, para celebrar sua vida e carreira, chegou a hora de conhecer a biografia completa do cantor. Não deixe de ler!

Biografia de Erasmo Carlos, o Tremendão

Saiba todos os detalhes da vida pessoal e profissional do eterno roqueiro brasileiro, o cantor, compositor, ator, músico, multi-instrumentista e escritor Erasmo Carlos.

Nascido na Tijuca, amigo de Tim Maia e Jorge Ben Jor

Você já se perguntou qual o verdadeiro nome do cantor Erasmo Carlos? Ele foi batizado como Erasmo Esteves e nasceu no dia 5 de junho de 1941, no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Filho de mãe solteira, ele só descobriu quem era seu pai aos 23 anos.

Erasmo Carlos quando criança.
Erasmo Carlos quando criança. Créditos: Divulgação.

Ainda na infância, conheceu Sebastião Rodrigues Maia — que se tornaria, anos mais tarde, o saudoso Tim Maia. Mas a amizade entre os dois só aconteceu mesmo na adolescência, movidos por uma paixão em comum: o rock.

Outro músico que era amigo de Erasmo desde cedo era Jorge Ben Jor. O interesse pelo mesmo estilo musical também ajudou a unir os dois artistas.

O início da carreira em bandas de rock nacionais

Em 1958, Arlênio Lívio chamou Erasmo para participar do grupo The Boys of Rock, que mais tarde mudou de nome para The Snakes. Os outros integrantes eram Edson Trindade e José Roberto.

O grupo acompanhava tanto Tim Maia quanto Roberto Carlos em suas apresentações. Foi nesse período que Erasmo aprendeu a tocar violão, com o próprio Tim.

A amizade com Roberto Carlos

Apesar de terem participado de apresentações juntos, a amizade entre Roberto e Erasmo só começou mesmo quando eles já estavam em projetos diferentes.

Certo dia, Roberto estava em busca da letra de Hound Dog, do Elvis Presley, mas não encontrava de jeito nenhum. Arlênio Lívio, então, falou que Erasmo tinha essa informação.

Erasmo Carlos e Roberto Carlos
Créditos: Divulgação.

Quando começaram a conversar, Roberto e Erasmo perceberam que gostavam dos mesmos artistas e também torciam para o Vasco. Foi o ponto de partida para uma parceria de sucesso nos palcos e fora deles e que rendeu mais de 200 músicas autorais!

O nome artístico de Erasmo Carlos, inclusive, foi escolhido em homenagem a Roberto e também a Carlos Imperial, o produtor do artista e de muitos outros naquela época.

O Terror dos Namorados

Produzido por Carlos Imperial e com o apoio do amigo Roberto, Erasmo Carlos lançou o seu primeiro compacto, com a música O Terror dos Namorados.

Nessa faixa, já conseguimos perceber “a fama de mau” do cantor e a melodia dançante e animada de seus grandes sucessos que viriam mais tarde.

Foi nessa época também que Erasmo fez uma participação na banda Renato e Seus Blue Caps, super famosa por suas versões brasileiras de hits internacionais. 

Além disso, o cantor foi influenciado pela bossa nova e, ainda na década de 60, compôs Maria e o Samba, gravada por Roberto Carlos.

O programa Jovem Guarda

Entre 1965 e 1968, Erasmo Carlos participou, ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa, do programa Jovem Guarda, transmitido pela TV Record e TV Rio.

Na atração, ele era conhecido como Tremendão, para se diferenciar de Elvis Presley. Embora o astro fosse seu ídolo, Erasmo queria criar a sua própria personalidade musical.

Os maiores sucessos produzidos pelo trio foram: Gatinha Manhosa e Festa de Arromba.

Embora tenha sido um programa de TV, a Jovem Guarda acabou se tornando um movimento musical, que traduzia o estilo de vida rebelde dos jovens da época e foi o responsável por introduzir o rock no Brasil.

Carreira solo ao longo dos anos 

Durante sua participação na Jovem Guarda, Erasmo Carlos lançou dois discos solo. No primeiro, de 1965, Minha Fama de Mau foi a faixa mais ouvida.

Já no próximo, Você Me Acende, que saiu no ano seguinte, a música-título é que teve grande repercussão.

Outro disco que deu o que falar foi Erasmo Carlos e os Tremendões, considerado um divisor de águas em sua carreira. Lançado em 1969, ele conta com interpretações inusitadas de alguns clássicos da MPB, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.

Por falar nisso, essa versão fez parte da trilha sonora do filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa. No longa, Erasmo Carlos ataca como ator, o que abriu portas para outra faceta de sua carreira.

Os anos 70 e a psicodelia

No início dos anos 70, com o movimento hippie se espalhando pelos quatro cantos do mundo, Erasmo, influenciado pela psicodelia, lançou o LP Carlos, Erasmo.

A primeira faixa, De Noite na Cama, composta por Caetano Veloso especialmente para o Tremendão, foi alvo de muitas polêmicas, por parecer ser uma ode à maconha.

Ao longo da década, Erasmo Carlos continuou a lançar outros trabalhos bem psicodélicos e participou de mais alguns filmes.

Erasmo Convida nos anos 80

Nos anos 80, Erasmo Carlos começou a década com um projeto nunca antes visto no Brasil: o álbum Erasmo Convida.

Nele, estão 12 faixas com duetos de artistas e grupos de renome em nosso país, como Nara Leão, Maria Bethânia, Gal Costa, Wanderléa, A Cor do Som, As Frenéticas, Gilberto Gil, Rita Lee, Tim Maia, Jorge Ben Jor e Caetano Veloso.

A primeira música desse trabalho ganhou as rádios do Brasil e até hoje é considerada uma das melhores de Erasmo Carlos. Estamos falando de Sentado à Beira do Caminho, gravada ao lado de Roberto.

Assista ao clipe, gravado em 1980:

No ano seguinte, o LP Mulher também foi bastante elogiado e tem como destaque a canção Mulher (Sexo Frágil), escrita em parceria com sua esposa, Narinha.

Os anos 1990 e 2000

Na década seguinte, em 1990, Erasmo Carlos lançou Homem de Rua, que foi escolhida para a trilha sonora da novela De Corpo e Alma.

A canção teve grande repercussão, pois era o tema do Bira — personagem de Guilherme de Pádua que, com a esposa, Paula Thomaz, assassinou Daniella Perez, sua colega de elenco. Em respeito à atriz, o músico nunca mais tocou essa faixa nos shows.

Em 2001, depois de ficar quase quatro anos sem entrar no estúdio, Erasmo Carlos lançou o álbum Pra Falar de Amor. A música de maior destaque é Mais Um Na Multidão, um dueto com Marisa Monte.

Um tempo depois, em 2019, ele gravou Quem Foi Que Disse Que Eu Não Faço Samba, com faixas compostas nesse estilo. Em 2020, Erasmo foi protagonista do longa da Netflix, Modo Avião, com Larissa Manoela.

Por fim, em 2021, ele nos presenteou com O futuro pertence à… Jovem Guarda, com 8 faixas dos anos 60.

Vida pessoal e últimos momentos

Nos anos 70, Erasmo Carlos se casou com Sandra Sayonara, a Narinha, sua parceira de vida e de composições. Com ela, o cantor teve 3 filhos: Alexandre, Gil e Leonardo. O casal se separou em 1991 e Narinha faleceu em 1995.

Erasmo Carlos e Narinha

Em 2009, Erasmo se casou com a sua segunda esposa, Fernanda Passos, e ficou ao lado dela até o fim da vida.

No dia 22 de novembro de 2022, aos 81 anos, Erasmo Carlos faleceu no Rio de Janeiro, em um hospital na Barra da Tijuca. A causa da morte foi dada como paniculite, agravada por uma infecção generalizada.

Relembre as melhores frases do Tremendão

Agora que você já ficou sabendo de todos os detalhes da biografia de Erasmo Carlos, chegou a hora de homenageá-lo com as suas músicas.

Não deixe de conferir a nossa seleção com as melhores frases das músicas de Erasmo Carlos.

Frases: Erasmo Carlos

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