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Fazer loginCurte o rap nacional? Então, com certeza o nome Don L representa muito para você. Afinal, ele é considerado um dos grandes nomes do gênero na atualidade e é fonte de inspiração para outros grandes rappers brasileiros.
Com músicas que contam com frases de rap de tirar o fôlego e que nos fazem refletir sobre a realidade do Brasil, principalmente do Norte e do Nordeste do país, o rapper natural de Fortaleza já recebeu o título de “Mano Brown do Nordeste”.
Se você ainda não conhece a trajetória desse grande revolucionário, chegou a hora de saber tudo sobre a biografia de Don L. Não deixe de conferir! 😉
O responsável por fazer os holofotes do rap se voltarem para o Norte e o Nordeste do Brasil tem uma história de vida que tem tudo a ver com as suas músicas. Saiba mais a seguir, ,a biografia de Don L.
Gabriel Linhares da Rocha, nome verdadeiro do Don L, nasceu em Brasília, Distrito Federal, no dia 18 de janeiro de 1981. Mas, aos 4 anos, a sua família se mudou para Fortaleza, no Ceará, e foi lá que ele viveu até o início da vida adulta.
É daí que vem o seu sotaque carregado, as suas gírias e as suas principais referências. Sem falar na sua preocupação com as questões políticas, sociais e econômicas do Nordeste brasileiro.
Ainda na adolescência, Gabriel Linhares saiu de casa e quase se entregou ao crime. Mas o rap veio como uma verdadeira salvação para a sua vida. Foi o que o ajudou a não se render à ilegalidade.
Pouco se sabe sobre a vida de Don L antes de sua carreira musical. O que sabemos é que ele começou a participar de grupos de rap no início dos anos 2000, com 20 e poucos anos. Um desses grupos era o Plano B, muito popular na cena do rap de Fortaleza.
Em 2005, Gabriel Linhares, já sob o pseudônimo de Don L, juntou-se ao rapper Nego Gallo e os dois criaram o Costa a Costa. Mais tarde, Berg Mendes e DJ Flip Jay também se uniram ao projeto.
Popular no circuito nordestino, as produções do Costa a Costa sempre trataram de problemas da periferia da capital cearense, além de soluções para a vida do gueto. Outros temas que apareciam também eram discussões sobre o rap e o R&B.
Com o lançamento da mixtape Dinheiro, Sexo, Drogas e Violência de Costa a Costa, em 2007, pelo selo independente DuNego, o grupo começou a ganhar mais visibilidade nacional.
Com uma grande quantidade de cópias caseiras vendidas e o reconhecimento da crítica, o Costa a Costa passou a influenciar novos rappers de todo o Brasil.
Depois de consolidar-se como um novo nome do rap em sua região, Don L se mudou para São Paulo, em 2013. Na capital paulista, lançou a sua primeira mixtape solo, Caro Vapor – Vida e Veneno de Don L.
Dentro da cena hip hop, esse trabalho é até hoje cultuado e serve de referência para vários outros artistas do estilo. No entanto, ele não é muito conhecido fora desse cenário.
O disco de estreia conta com a participação dos rappers Flora Matos e Nego Gallo e foi produzido por Papatinho. Uma das faixas mais comentadas e ouvidas é Morra Bem, Viva Rápido. Caso ainda não a conheça, confira a seguir:
O tão sonhado reconhecimento de Don L fora a cena do rap veio com o seu segundo disco, Roteiro pra Aïnouz Vol. 3, que saiu em junho de 2017. O trabalho foi pensado literalmente como um roteiro para um filme imaginário a ser dirigido pelo cearense Karim Aïnouz.
A obra se inspira e, ao mesmo tempo, dialoga com os longas do diretor. Em especial, os mais famosos no cinema nacional, como Madame Satã, O Céu de Suely, Praia do Futuro e A Vida Invisível.
O termo “volume 3”, que aparece no título do disco, é uma indicação de que se trata da última parte de uma trilogia. Nele, somos apresentados à figura de um cara que chega a São Paulo cheio de sonhos para conseguir se destacar no rap.
Mas acaba se deparando com uma cidade de oportunidades esgotadas.
Com faixas densas e extremamente poéticas, finalmente Don L conseguiu a atenção do público para além do hip hop e alcançou novos cenários.
Mais ainda, inseriu o rapper na história do rap nacional e fez com que ele se tornasse uma grande inspiração para novos músicos.
Em novembro de 2021, Don L lançou a segunda parte da sua trilogia inversa, Roteiro Pra Aïnouz, Vol. 2. O trabalho conta com parcerias de nomes importantes, como Djonga, Rael e Tasha & Tracie.
Nesse álbum, é possível perceber que o rapper propõe uma hipótese de revolução socialista no Brasil, o que se nota a partir da referência à Revolta de Canudos e a de Vila Velha.
Sem falar na menção a revolucionários comunistas e a outras personalidades políticas, como Lenin, Marighella, Mao Tsé-Tung e Marielle Franco.
Além disso, Don L já revelou em entrevistas que o seu objetivo com esse novo disco é propor uma luta pelo resgate do passado. Como se fosse uma espécie de reescrita da nossa trajetória nacional.
Segundo ele, o anticomunismo no Brasil, muito forte hoje em dia, resulta de uma compreensão equivocada de figuras muito importantes da história do nosso país, que deveriam ser consideradas como grandes revolucionárias.
Com 3 álbuns já lançados, sendo que dois deles foram extremamente elogiados pela crítica, Don L é referência e inspiração para muitos rappers que surgiram depois dele.
Ou até mesmo para aqueles que já estavam consolidados na cena hip hop e enxergaram em suas produções uma nova forma de fazer música.
É por esse motivo que ele é chamado de “o rapper favorito do seu favorito”. Afinal, ele é pouco conhecido pelo público em geral, mas a maioria dos artistas aclamados no rap e no hip hop ressalta o seu valor.
Além disso, a biografia de Don L também é marcada pelo reconhecimento em diversas premiações. Em 2022, inclusive, ele recebeu o prêmio de Artista do Ano pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).
Foi uma oportunidade de divulgar ainda mais o seu trabalho para outras “bolhas” da música brasileira. Apesar disso, o rapper também revelou em entrevistas que ainda sente resistência dos meios de comunicação, porque a sua postura política é muito diferente da de outros artistas.
Você acaba de saber todos os detalhes sobre a biografia de Don L. Assim como ele, outros rappers têm se destacado em nosso país. Então, que tal conhecer alguns nomes da nova geração do rap nacional?
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