Não Sei To Loko

Juventude, liberdade e amizade em “Não Sei To Loko”

"Não Sei To Loko", do grupo Caçadores da Trilha Sonora, se destaca pela mistura de estilos musicais e gírias urbanas para criar um clima descontraído e celebrativo em torno do consumo de maconha. A música não se prende a rótulos, como fica claro no verso “Não sei se é rap, funk ou funk reggae / O importante é que to loko moleque”, mostrando que o gênero musical é menos importante do que a experiência coletiva e o estado de "loucura" proporcionado pela substância. Expressões como “estilo japoneizinho” e “olhos vermelhinhos” fazem referência direta aos efeitos físicos da maconha, conectando a letra à cultura canábica e ao universo das gírias das periferias urbanas.

A canção também valoriza a camaradagem e o sentimento de pertencimento, como em “Curtindo minha onda / Tô com os parceiros / Nos fuma de noite, de noite o dia inteiro”. O termo “vdm”, citado no início, sugere a existência de um grupo ou coletivo, reforçando essa ideia de união. O tom de orgulho e aceitação aparece em versos como “To loko e assumo não tenho vergonha / Gosto, gosto, gosto mais do que lasanha”, indicando que o prazer e a liberdade de ser quem se é estão acima de julgamentos externos. Além disso, a música sugere que a maconha serve como uma forma de aliviar o sofrimento, como em “Cada brow que fumo é pra esquecer o sofrimento”. No geral, a faixa retrata de forma bem-humorada uma juventude que valoriza amizade, diversão e autenticidade, sem se prender a convenções sociais.