
Luna Rossa
Caetano Veloso
Solidão e nostalgia em “Luna Rossa” de Caetano Veloso
A solidão é o elemento central em “Luna Rossa”, especialmente evidenciada na repetição do verso “Ma nun ce stà nisciuna” ("Mas não há ninguém aqui"). A música, originalmente composta em napolitano, usa a imagem da lua vermelha como confidente silenciosa das angústias do personagem principal. Ele vaga distraído, com as mãos nos bolsos, chapéu cobrindo os olhos, assobiando para as estrelas, em um cenário de abandono e espera frustrada. O álbum "Omaggio a Federico e Giulietta" reforça a conexão da canção com o universo nostálgico e cinematográfico italiano, evocando sentimentos de saudade e contemplação, presentes tanto no cinema de Fellini quanto na tradição musical napolitana.
A letra narra a rotina de espera e desilusão amorosa: o personagem marca encontros, fuma cigarros, bebe cafés, beija bocas amargas, mas permanece sozinho, sempre aguardando alguém que nunca chega. A lua vermelha, que "me fala de você" e a quem ele pergunta se a pessoa amada ainda o espera, responde com o vazio: "aqui não há ninguém". Essa metáfora da lua como testemunha e conselheira reforça o sentimento de impotência diante do amor não correspondido ou perdido. Na interpretação de Caetano Veloso, ao trazer a canção para o contexto brasileiro e inseri-la em uma trilha de novela, o sentimento universal de melancolia se torna ainda mais próximo do público, tornando a solidão e a esperança frustrada temas facilmente reconhecíveis.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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