Eu Sou a Morte

A brutalidade e o simbolismo militar em “Eu Sou a Morte”

A música “Eu Sou a Morte”, do grupo Canções de TFM, apresenta a morte como uma figura personificada que “ressurgiu do mar”, conectando esse símbolo à imagem do combatente militar. Ao longo da letra, o soldado é retratado como alguém que assume o papel de executor do destino, reforçando a ideia de força implacável e inevitável. O tom agressivo e sombrio fica evidente em versos como “Eu miro na cabeça / Atiro sem errar” e “Bate na cara, espanca até matar”, que destacam a brutalidade e a frieza exigidas em situações de combate. Essas características são frequentemente abordadas nas músicas do grupo para ilustrar a realidade dos militares em treinamento e em ação.

O uso de metáforas violentas, como “Arranca a cabeça e joga ela no mar”, intensifica a imagem de um guerreiro destemido, disposto a tudo para cumprir sua missão. Esse exagero não deve ser entendido de forma literal, mas como uma maneira de expressar a determinação absoluta e a disposição para enfrentar qualquer desafio, temas recorrentes nas composições do Canções de TFM. O trecho “E o interrogatório é muito fácil de fazer / Eu pego o inimigo e dou porrada até morrer” reforça a ideia de que, no contexto militar, a força física e a intimidação são vistas como ferramentas legítimas de sobrevivência e vitória. Assim, a música transmite uma mensagem de resistência, coragem e compromisso extremo, valores centrais no universo dos combatentes retratados pelo grupo.