
Quero a Igualdade
Carlos Eduardo Taddeo
Justiça e denúncia social em “Quero a Igualdade” de Carlos Eduardo Taddeo
Em “Quero a Igualdade”, Carlos Eduardo Taddeo propõe uma inversão de papéis que chama atenção pela força e provocação. Ele imagina os membros da elite passando pelas mesmas violências e humilhações que as populações periféricas enfrentam diariamente. Ao desejar que o “boy” seja “reduzido a número funerário” e alvo da “polícia desumana”, Taddeo não apenas expressa indignação, mas expõe a brutalidade do sistema e a indiferença histórica diante do sofrimento dos marginalizados. Imagens como “laqueadura em massa, mas nas ricas” e “te ver provando do próprio veneno” reforçam o tom de denúncia e ironia, mostrando o desejo de justiça diante das injustiças acumuladas.
A letra reflete a vivência de Taddeo nas periferias de São Paulo e sua trajetória no Facção Central, trazendo autenticidade e contundência à crítica. Ele aponta a seletividade do Estado, a violência policial e o preconceito estrutural, como em “ser alvo do preconceito, ter o Estado contra você, ser um caso arquivado no DHPP”. A menção ao livro “Vigiar e Punir” de Foucault amplia a crítica, conectando a repressão policial à lógica histórica de punição e controle social. Ao dizer “nunca vi favelado ensinando o preconceito”, Taddeo desconstrói estereótipos e denuncia a hipocrisia das classes dominantes, que perpetuam o racismo e a exclusão enquanto se dizem defensoras da ordem. O convite repetido “vem viver um minuto na sociedade igualitária” é carregado de sarcasmo, mostrando que a igualdade só existiria se os privilegiados sentissem na pele o sofrimento imposto aos pobres. Assim, a música exige que a sociedade encare suas desigualdades e reconheça a urgência de mudanças estruturais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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